Mudança

Estamos passando por mais uma mudança... Aos poucos o novo blog ficará com uma nova cara também...
O novo endereço é http://livialedier.wordpress.com/ ou clique aqui.

Alberto Caeiro

Ontem tive o prazer de ver o que a criatividade pode fazer...

Quando entrei no Consolata fiquei me perguntando com eu trabalhararia o livro Poemas Completos de Alberto Caeiro. Afinal sou uma pessoa "certinha" e não via outro jeito senão o modo tradicional de falar de Literatura. Foi quando lembrei de uma professora que tive no Einstein, ela propôs um seminário criativo (lembra Manu?), então fiz a mesma proposta para ele. Nâo poderia ser um simples seminário, eles teria que inovar. Ontem eu vi os frutos do trabalho deles, espetacular. Devo confessar que não esperava algo tão bom assim. Foi um dia de satisfação!

Em breve disponibilizarei os trabalhos aqui no blog.

Simpósio Internacional Caminhos Cruzados

Simpósio Internacional Caminhos Cruzados: Machado de Assis pela Crítica Mundial
De 25 a 29 de agosto no MASP. Mais informações aqui.

Vitrine Aluaha

O Vitrine Aluaha acontece dia 15/08, às 20 horas, no Anfiteatro da UNIP (Rua Amazonas da Silva, 737). Para maiores informações ligue na Aluaha: 2978-5701

Com a volta ao trabalho fica mais difícil minha presença no mundo virtual, afinal depois um dia corrido de trabalho a única coisa que anseio é dormir por descanso - pelo menos nessas primeiras semanas...

Sempre tive um jeito meio vovó old fashion, quando era adolescente, enquanto as meninas estavam fazendo n coisas da idade delas, eu aprendia a fazer crochê e ponto-cruz. Não, eu não fazia isso para arrumar um bom casamento, mas pq eu simplesmente gosto.

Ainda mantenho esse "ar" antigo, o que para alguns é coisa de velho démodé para mim são momentos de felicidade. Acordar com cheiro de pão e café é uma boa maneira de começar o dia e manter o bom humor. Fazer uma comida caseira, com temperos plantados no quintal também ajudam a melhorar o dia-a-dia. Chegar do trabalho, tomar um banho quente, jantar e ter a noite para dividir com alguém é algo indescritível. Vejo algumas decisões que tomei e não me arrependo. Hoje eu tenho o que quero: uma vida mais simples e mais feliz.

Volta às aulas

Uma das lembranças mais gostosas que tenho, do meu tempo de escola, era a volta às aulas. Adorava voltar para escola depois das férias. Era um monte de novidades para contar: a viagem para praia, o menino bonito e as novidades dos mais gatos do momento. Enfim, essas coisas de adolescente. Mas não era só isso, eu também adorava ter o meu material renovado, sentir aquele cheirinho de material novo, dava mais gosto de escrever. Escrever... eu adorava (e ainda adoro) escrever. Não essa escrita de teclas, mas sim a escrita no papel - talvez mais romântica -, com os dedos desenhando cada letra e uma parte da mão roçando no papel novinho... Até hoje adoro essa sensação. Chegar em casa e ter lição de casa para fazer - sim, sou meu maluca, adoro lição de casa.

Hoje, no primeiro dia de aula no particular, fiquei observando os alunos e vi um pouquinho  de mim neles - ainda há os maluquinhos que gostam de lição. Enquanto observava me ocorreu um misto de felicidade e inveja. Inveja porque sinto falta disso, sinto falta de ser aluna. Felicidade por reviver neles minhas próprias emoções.

As férias vão terminando e não fiz metadedo que gostaria de fazer...

Machado de Assis em Linha

CHAMADA DE TRABALHOS

Machado de Assis em linha: revista eletrônica de estudos machadianos aceita, até 15 de setembro de 2008, artigos inéditos sobre a obra de Machado de Assis. Os artigos deverão ser enviados para emlinha@machadodeassis.net . As especificações e instruções para envio de contribuições, que serão submetidas ao conselho editorial da revista, estão em http://www.machadodeassis.net/, em CONTATO.

Revista Crioula

A Revista Crioula, revista eletrônica dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da USP, terá seu quarto número publicado em novembro de 2008 e está aceitando, até 30 de agosto de 2008, colaborações de alunos matriculados nos Programas de Pós-Graduação, stricto sensu, do Brasil e do exterior, com textos inéditos em meio eletrônico.Os artigos selecionados poderão compor as seções Dossiê e Artigos & Ensaios.Para ambas as seções, Dossiê e Artigos & Ensaios, somente serão aceitos os trabalhos que contemplem necessariamente uma perspectiva comparatista abordando, no mínimo, uma literatura de língua portuguesa.A seção Artigos & Ensaios contempla temas livres, seguindo a informação acima. A seção Dossiê publicará até 6 (seis) trabalhos abordando um tema pré-determinado, especificado na ementa abaixo. De acordo com a quantidade de textos aprovados para publicação, a editoria poderá eventualmente, a seu critério, publicar um trabalho apresentado para a seção Dossiê na seção Artigos & Ensaios, ainda que o texto atenda o tema do Dossiê.

Ementa:

Tema do Dossiê para este número: A poesia africana de língua portuguesa.

A poesia dos países africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) erguida a partir da expressão solitária de um sujeito ansiado pela libertação das amarras coloniais e consolidada numa voz coletiva e nacional, se fez ouvir muito além das fronteiras africanas e tem sido fruto de sólidos estudos e pesquisas no campo das literaturas de língua portuguesa, dentro e fora da África. Com o intuito de trazer para o debate acadêmico as colaborações dos pós-graduandos que se dedicam ao tema, serão selecionados para esta seção artigos no âmbito do estudo de cada pesquisador: a poesia de libertação, poesia de guerra, poesia do pós-independência, poesia de escrita feminina etc.

Os interessados em apresentar trabalhos para participar da seleção devem fazê-lo, pelo e-mail revistacrioula@usp.br, enviando em arquivo ?Word? anexo identificado com o nome do autor e da instituição. As normas para publicação estão disponíveis no site: http://www.fflch.usp.br/dlcv/revistas/crioula/Index.asp

Útil ao agradável?

Peguei um trabalho para fazer, revisão do texto mais um prefácio. Quando aceitei fazer o trabalho pensei que uniria o útil ao agradável. Não é o que está acontecendo.

O trabalho é um livro de contos, mas devo admitir, não gostei dos contos. O problema é separar meu gosto do lado profissional, pois o prefácio simplesmente não sai. Vou aproveitar as férias das escolas e ver ser consigo dar corpo a esse prefácio.

Também é uma ótima época para desenvolver um novo projeto.

O ano passou correndo. Eu terminei minha dissertação e defendi. Sei o nome de cor de todos meus alunos do Estado. Quitei inúmas prestações da reforma da casa. Tudo foi muito rápido!
Então por que as férias não chegam?
Não quero esse tempo apenas para descansar, quero fazer algumas coisas na minha casa, como um jardim de ervas, escurecer uma estante, trocar as cortinas do escritório, organizar meus livros nas prateleiras recém instaladas. Enfim, fazer algumas coisas para tornar o dia-a-dia melhor.

Escolhas

Quando eu fazia faculdade eu tinha grandes sonhos, assim como todos os jovens. Muitos acabaram se realizando, com muito esforço. Eis que me deparo prestes a ter mais um realizado, no entento eu teria que abrir mão da qualidade de vida e não sei se quero isso, afinal já trabalho 50 horas semanais. Batalhei muito para ser o que sou, mas será que vale a pena eu sacrificar minha saúde só para ter um currículo melhor (e claro, um salário um pouco melhor).

Ainda tenho tempo para pensar, mas não sei o que faço...

...

Em um momento egocêntrico eu joguei meu nome o Google para ver o que saia. E não é que tenho uma surpresa, estou na Wikipedia!

Greve

Desde a última sexta-feira 13 a APEOESP, sindicato chinfrim dos professores do Estado de São paulo, decretou estado de greve.

Não sei dizer como está a adesão a essa greve, afinal a cada um fala uma coisa. Segundo o sindicato a adesão é de 50%, no entanto a Secretaria de Educação diz que é de apenas 2%. Quase a mesma coisa...

Não questiono a greve e acredito que todos devem lutar por uma edicação de qualidade, no entanto não consigo acreditar em nada do que esse sincato promove, seus dirigentes não me passam credibilidade. O que me parece é que eles lutam para ver quem tem mais poder lá dentro e os professores que se lasquem. Uma classe desunida, com um sincato desunido.

Agora que não sobra mais tempo para nada...

Desde a última segunda-feira, eu também estou no Colégio Nossa Senhora Consolata. Minha primeira experiência no particular.

Pelo pouco que vi dos alunos posso ver uma luzinha no fim do túnel. No geral, os alunos parecem ter um nível bom e o colégio é extremamente rigoroso e religioso, o que acho ótimo.

Espero que a impressão continue, afinal é onde passarei todas as minhas manhãs.

Veja só que coisa...

Há uns dois meses atrás meu marido resolveu vender algumas coisinhas que não usávamos mais no Mercado Livre, tudo estava ocorrendo bem, vendemos alguns de nossos ítens, tivemos apenas qualificações positivas, pagamos a comissão do ML e estavamos no meio de uma negociação para a venda do nosso notebook, tudo certinho como a ML manda.

Eis que na última sexta feira o ML inabilitou-nos. Sem mais nem menos. E o pior, com R$300,00 nossos retidos no Mercado Pago. O mais surpreendente é que não há como entrar em contato com eles, apenas por e-mail. Apesar de ter enviado dezenas de e-mails não houve nenhuma resposta até o momento. Será que teremos que fazer um BO? Esperava que não, mas algo me diz que teremos muita dor de cabeça, apesar de fazermos tudo certinho no ML.

Sobre...

Devo confessar que momentos após a defesa da dissertação foi um alívio, um peso que saiu das minhas costas. O que eu não lembrava é que eu preciso de algo para me agarrar, então veio uma sensação de orfandade, vazio. Estou tentando preencher com leituras adiadas, no momento. Veremos onde isso irá acabar.

Lançamento Entrelinhas

Lívia Ledier e Emanuel Campos convidam a todos para o lançamento do livro Entrelinhas.

Convite

Está chegando o dia do lançamento do livro Retratos Urbanos. Estou empolgada, afinal é minha primeira publicação. Fica aqui o convite para todos.

Preguiça, pura preguiça...

Ufa...

Dissertação depositada, defesa prevista para 23 de maio. Não sei descrever a sensação disso, parece que um peso saiu dos ombros, mas ao mesmo tempo sinto uma orfandade... Não começarei nada agora, darei um tempinho para cuidar e melhorar minha saúde.

A propósito, o colega Thiago perguntou o título da minha dissertação, não lembro de ter escrito nada dela por aqui, afinal não faço parte da comunidade Não pergunte sobre minha tese a toa, rs (sim, foi traumático, rs). Enfim, o título é O lugar do leitor em Memorial de Aires de Machado de Assis. Não era bem o que eu queria, mas sim algo que a orientadora queria. Nela trabalho três tipos de leitores presentes na obra: leitor-papel, leitor-testemunha e leitor-autor.

Se até o final de semana eu conseguir um tempo para respirar fundo, serei feliz!
A Defesa da dissertação está marcada para Maio.

Não sei mais o que fazer com ele!

A semana passada seria apenas mais uma semana comum se não fossemos surpreendidos por algo nunca imaginado, pelo menos na nossa escola.
Quando cheguei na sala dos professores estava aquela agitação de que tinha acontecido alguma coisa, normalmente quando essa agitação acontece é algum problema com aluno, normalmente problemas comuns a uma escola. No entanto fui surpreendida por uma notícia um tanto diferente: um aluno havia batido na diretora.
Alguns pensarão que isso é comum na escola pública, no entanto na minha escola não é. Felizmente trabalho em uma escola muito boa, de classe média, poucos alunos com péssima situação financeira e uma direção atuante que sempre respalda os professores. Por isso eu digo, agredir a diretora ou funcionário é algo que nunca esperávamos, ainda mais por um aluno de sétima série.
Devo esclarecer que a diretora não foi espancada ou nada do tipo, o aluno, que não queria ir à direção por ter desrespeitado um professor, deu um tapa em seu braço. Claro que não é a primeira "ocorrência" com esse aluno, mas essa foi a mais grave, afinal não se deve bater em ninguém, muito menos na autoridade máxima da escola.
nòes, professores do aluno, nos reunimos para conversar com a mãe, não apenas para falar do ocorrido, mas também do rendimento do seu filho. Eu me dirigi a sala para pegar alguns cadernos para mãe poder compará-los com do seu filho e assim que entrei na sala me deparei com alunos chocados com o ocorrido, segundo eles atitude do aluno foi violenta e desnecessária, para eles o aluno deveria ser rigorosamente punido - eles presenciaram a cena.
Sabemos que, se contarmos com as leis educacionais, não ocorrerá nada com esse aluno. Também sabemos que se ele está assim na sétima série daqui algum tempo ninguém o controlará mais. Resumindo, nós professores temos nosso trabalho limitado, agüentamos desaforo e alguns meios de comunicação ainda falam que ganhamos muito bem, já os alunos podem tudo, inclusive bater, afinal não acontece nada. Não falo que deveríamos tomar uma atitude, que as leis devem ser revistas e blá blá blá. Nada vai mudar, por isso nos afundamos cada vez mais.
Quanto a mãe do aluno? Ela nos olhou e disse: "Não sei mais o que fazer com ele." Francamente, se a mãe não sabe, nós muito menos.

Passeando no blog do Manu resilvi fazer o teste...

You Act Like You Are 24 Years Old

You are a twentysomething at heart. You feel like an adult, and you're optimistic about life. You feel excited about what's to come... love, work, and new experiences. You're still figuring out your place in the world and how you want your life to shape up. The world is full of possibilities, and you can't wait to explore many of them.

What Age Do You Act?

Moscarda

Mais uma apresentação da peça Moscarda, dirigida pela minha amiga, atriz e diretora, Valéria Lauand:

Reta Final

Estou na reta final do mestrado, apenas esperando o texto voltar da revisão... Sei que o peso sumirá logo após o depósito!

Em casa, com uma bela gripe...

Com o início do ano letivo meu tempo parece desaparecer, principalmente pq esse ano aumentei em 10 aulas minha carga horária. Não, não sou uma vagabunda que não gosta de trabalhar, mas tinha outras atividades que ocupavam mais o meu tempo, na verdade ainda ocupam, pelo menos até eu defender a dissertação.

De volta ao trabalho

Esse ano demorou, mas desde quarta -feira estamos (nós, professores estaduais) trabalhando. Ainda sem alunos, com eles iniciaremos segunda-feira (18/02).
A novidade desse ano são os quarenta dias de recuperação. Recebemos uma revista do professor com as aulas detalhadas que deveremos dar nesses quarenta dias. O material é bem legal, mas apenas no final saberemos se dará certo. Espero que sim, pois nossos alunos precisam do compromisso do governo e dos professores para terem uma Educação digna, coisa que não acontece atualmente.
Para mais informações acesse o site do São Paulo Faz Escola.

Consumismo...

Eu, como uma boa mulher, adoro comprar! Pequenas coisas acabam virando motivo de um comsumo.

No início do ano eu estava navegando do blog no Manu e vi uma resenha do livro Nunca subestime uma mulherzinha da Fernanda Takai. Sempre gostei do trabalho da Fernanda no Pato Fu, então fui procurar pelo livro e acabei cainda em uma maré de ofertas na Fnac. Resultado da compra:

O livro da Fernanda, a CDs da Marisa Monte, e 2 DVDs tamém da Marisa Monte.

Lendo o livro da Fernanda uma crônica me chamou atenção, a mesma que dá nome ao livro, pois falava do livro Correio Feminino da Clarice Lispector. E lá fui eu procurar o livro da Clarice, que mais uma vez achei mais barato na Fnac. Resultado da compra:

O livro da Clarice, o CD da Fernanda Takai, O CD do Andre Matos e 2 quadrinhos do Calvin e Haroldo.

Isso sem contar as 2 temporadas de Friends, compradas no carnaval, em promoção numa locadora perto de casa.

Mas meu marido diz que há algo que me diferencia de outras mulheres. Enquanto os maridos entram em pânico quando a mulher entra numa loja de roupas, o meu entra em pânioco quando entro numa grande livraria. Não deixo de ser uma mulher consumista.

...

PS: Ricardo, o que seria de mim sem você? ;-)

Pena de Chinchila

Veja que coisa... Nana Gouvea desfilou com uma fantasia de penas de chinchila asiáticas. Alguém tem que informá-la que chinchilas não são asiáticas e, principalmente, não tem penas. Notícia e crédito da imagem no site Kibe Loco.

Uma viagem

Neste Carnaval fomos ao churrassco de um amigo que passará um ano fora. Diferentemente dos demais amigos ele não irá passar um ano na Europa, mas no Timor Leste. Isso mesmo, Timor Leste. Muita gente já perguntou o que ele irá fazer no Timor Leste. Todos os anos a PM abre concurso para quem gostaria de participar das missões de paz da ano, as pessoas que passam fazem um curso e ficam um ano nesses países ajudando de alguma forma.

Eu sei que cada um é diferente, mas não me imagino fazendo isso, talvez eu seje muito medrosa para encarar uma guerra. Definitivamente é algo que eu não faria. Fico pensando na mãe dele, na preocupação constante com o filho que estará na guerra, também não conseguiria ser essa mãe.

Sei que ele acredita estar ajudando o mundo de alguma forma e está lutando para isso, mas, apesar da falta de coragem para encarar uma guerra, eu também acredito lutar para um mundo melhor.

Pensando bem não é falta de coragem, acreditar na minha profissão é uma coragem muito grande, não tem mortos e feridos, mas sabemos que não são muitos os que se salvam. Da minha forma eu contibuo para um mundo melhor, mesmo que a cada 200 eu atinja apenas 2.

Ele embarcou ontem para o Timor Leste para lutar por um mundo melhor. Eu fiquei aqui em São Paulo para lutar por um mundo melhor. Espero por ele ano que vem, para contar o que viu e o que fez, mas principalmente, para voltar para sua mãe, seu filho e seu casamento.

Tive um final de ano difícil e um início de ano parecido. Claro, tudo por causa do mestrado, que está na reta final. Há dias que olho para minhas anotações e não consigo fazer nada, há dias que a cabeça ferve de tantos pensamentos. Mesmo assim, não vejo a hora de acabar.

Sou uma pessoa em constante angústia, não fujo do perfil dos atormentados. Sou alguém que está na constante busca de si mesmo e não chega a lugar algum. Por um tempo aprendi a aceitar que apenas no outro acho quem sou, assim posso ser mútipla. Isso não anda me satisfazendo.

Que sou mútipla não resta dúvidas, mas sempre há pedacinhos de nós que predominam e parece que o meu está surgindo...

Está nascendo um novo projeto e o modesto início logo será anunciado. Chega de vida acadêmica (pelo menos por um tempo), que venha arte!

Um Fim

Há horas que ela estava parada diante do espelho, mirando-se como quem vê a morte. Tocou sua pele enrugada, fitou alguns momentos mais nas pregas de seus olhos. Não agüentava o que eu via. Sabia que não poderia conviver consigo mesma. Finalmente saiu da frente do espelho. Seguiu diretamente até a escrivaninha do marido. Com um disparo deu um fim em suas neuroses.

Desesperação

Aconteceu na minha vida sem querer e da mesma forma a revirou. Transformou todas as minhas crenças e desordenou meus pensamentos. Era tarde, a conexão estava feita. Não havia possibilidade de dormir ou pensar, apenas sentir e fruir daquele diálogo silencioso. Não há sinal, não há mundo, apenas nossos olhares para alma. Um refúgio, um lugar onde o momento é cristalizado. A existência em verso. O contato em prosa. A fusão de duas existências em palavras sem nexo e de exato significado. O contato dos corpos, o hálito quente e o palpitar de duas vidas em desgraça. Não há volta, não há devir. Há apenas a recordação de duas almas .

Trilha Sonora

Durante a viagem. Ainda em São Paulo.

- Tenho três cds da Britney Spears muito bons.

- Acho melhor ouvirmos rádio agora, afinal daqui a pouco o rádio não pega mais.

Quem me conhece bem sabe que não suporto Britney Spears e coisas do gênero. Para não arrumar confusão assim que a rádio saiu do ar eu coloquei o último cd da Marisa Monte, afinal ela disse que a-m-a-v-a Marisa Monte.

- Tenho três cds da Britney Spears muito bons.

Merda! Ela não tinha falado que adorava Marisa Monte? Não quero ouvir a louca da Britney Spears! Fico pensando o que se passa na cabeça de algumas pessoas, ela estava no meu carro, teria que ouvir as minhas músicas, afinal essa é a etiqueta do carona. Então coloquei o cd do Keane, pop gostoso que agrada a todos.

- Tenho três cds da Britney Spears muito bons.

Puta que pariu!! Eu não ia colocar essa maluca no meu carro, nem cantar bem ela canta. Consegui contornar colocando um cd de música árabe, um cd bem pop que agrada essas pessoas alienadas.

- Tenho três cds da Britney Spears muito bons.

Vai tomar no...

Fui roqueira e como todo roqueiro que começa a estudar música acabei gostando de MPB e Jazz. Eu sei que há todo um papo de respeitar os gostos das pessoas, mas me enfurece quem não tem gosto, apenas aceita o que é imposto e aponta o resto como porcaria. Como alguém pode achar que Mozart é péssimo e achar que a Shakira compõe melhor? Ouvir uma música do Led Zeppelin e dizer que o guitarrista do Calipso é melhor?

Fico indignada com a ignorância das pessoas. Não condeno o gosto musical, condeno a falta de consciência das pessoas que não percebem o que lhe é imposto. Música é meio de alienação e essas pessoas são a prova disso.

Estou numa fase casa. Como alguns sabem eu comprei um sobrado e acabei de me mudar, então estou naquela fase de aproveitar a casa, de querer deixá-la arrumadinha. Mas estou com um probleminha, os móveis do apartamento "sumiram" aqui dentro, afinal a casa é bem maior, então estamos com vazios nos ambientes.

Ontem deu a louca e resolvi ir até a 25 de março para comprar coisinhas para casa. Acabei achando algumas lojas indianas maravilhosas, mas absurdamente caras. Eu adoros móveis orientais, mas não posso comprá-los com aqueles preços absurdos. Como eu queria renovar minha roupa de cama aproveitei para passar nas lojas de enxoval. Outro choque. Tudo com preços absurdos, mas caros que no shopping. Comprei tabaco de arguilé e fui ao Center Norte.

Passeando no Lar Center encontrei a loja Espaço Til, uma loja maravilhosa de móveis orientais e, por mais incrível que pareça, mais barata que a 25 de março. Apaixonei-me por um buffet e um aparador, mas ainda não consegui convencer o marido a comprar. Aliás, outro lugar com móveis e objetos orientais maravilhosos é a Etna, também com preços mais acessíveis que a 25 de março. Saindo do Lar Center voltei ao Center Norte e fui comprar roupa de cama, que paguei 3x menos do que na 25 de março.

Todos os paulistas conhecem a loucura da 25 de março e a enfrentam para tentar economizar um pouco. Hoje não é mais assim, não vale a pena se desgastar com o trânsito da cidade, se espremer pelas ruas, derreter de calor, ouvir os gritos dos ambulantes como se estivesse numa feira livre. É mais vantajoso e mais barato desfrutar do ar condicionado, ter estacionamento no local , andar com música ambiente e entrar em lojar que aceitam Visa e Mastercard. Comprar no shopping é mais cômodo e mais barato.

Novo Ano, mesma vida

Enquanto as pessoas fazem promessas de Ano Novo eu continuo na mesma. Se alguém perguntar a minha meta para 2008 eu respondo: defender minha dissertação e vagabundar o resto do ano. Talvez eu faça mais uma turma de dança...

Metida a besta

Ela virou para mim e disse:

- Não gosto dos seus amigos!

- Como assim não gosta dos meus amigos?

- Não gosto. São metidos.

- Mas são meus amigos antes de eu conhecer meu marido.

E eu fiquei com aquela cara de "como assim?". Como alguém não pode gostar dos meus amigos? Eles estiveram do meu lado sempre que precisei e, apesar da distância da vida adulta, sempre estarão do meu lado. Como assim são metidos? Quer dizer que eu também sou metida, pois sou como eles.

Não consigo entender quando não gostam das pessoas que gosto. Ela nem os conhece e não tem o direito de julgá-los. Afinal ela não faz idéia de como aquelas pessoas são importantes em minha vida.

...

Algumas pessoas simplesmente não conseguem diferenciar certas coisas. Muitas vezes não escolhemos com quem queremos conviver. Não gosto de pessoas ignorantes, infelizmente tenho que conviver com elas (e não estou falando de alunos).

Acho insupertável as pessoas que "discriminam" aqueles que fazem cusro superior. Pois é, convivo com pessoas que acham besteira ter uma faculdade, isso é perda de tempo, segundo elas. Mestrado? Já tive que ouvir que sou uma idiota, afinal para que estudar se já estou casada? Isso mesmo!

Essa eu ouvi da mesma pessoa que não gosta dos meus amigos há algum tempo atrás:

- Vamos ao Shopping quinta?

- Não dá, tenho a qualificação do mestrado.

- Desmarca! Preciso comprar um biquini.

Como se a qualificação do mestrado fosse um horário no cabelereiro (que aliás eu tb não desmarcaria).

O fato que que certas pessoas não conseguem ver que você não é do mesmo jeito, ou melhor, que você não pertence ao estilo de vida deles. Para essas pessoas cultura é algo que eles não fazem questão, admiram quem tem um carro importado, mas são limitadas demais para batalhar pelo seu e não entendem quem está sempre batalhando para conseguir o que quer. Não entendem a importância de um bom papo, com um bom vinho num lugar bacana. Viajam para uma kinete (??), babam para quem está nos hoteis, mas quando conhece alguém que fica nesses hoteis essa pessoa é metida a besta. Preferem ficar estiradas na areia da praia do que conhecer os lugares históricos locais ou a cultura local.

Na verdade tudo isso é um desabafo de alguém que acha importante estudar, que não suporta dividir um lugar de 2 cômodos com outras pessoas que não sejam o marido e que não suporta ficar estirada na areia da praia, torrando no sol. Um desabafo de alguém metido a besta.