domingo, 28 de outubro de 2007

Presente...

Post para agradecer ao lindo texto do meu querido amigo Emanuel Campos. É muito bom receber esse tipo de presente dos amigos, principalmente quando está a beira de um surto (no caso foi um pós-surto). Dá vontade de voltar a viver!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Observo pessoas todos os dias. Ontem foi o dia de observar duas mães e três pais. Seus filhos não tiveram atitudes adequadas na escola e o conselho foi convocado para votar a transferenência compulsiva (lindo nome para expulsão). 4 estão no 1º ano do Ensino Médio, 1 no 2º ano. Todos foram "tranferidos"
O primeiro aluno que foi a "julgamento" é maior e já reprovou, de novo, o 1º ano. Ele destruiu patrimônio público (mas isso é normal...) e foi pego em flagrante jogando bexigas com urina nos alunos da escola. O pai... bem, parecia que o aluno mandava no próprio pai. Ele não falou nada, apenas o aluno reclamou, ele não falou com o filho, com os professores. Ele não tinha mais a obrigação...
O segundo aluno era meu. Ele nunca me deu trabalho, nunca faltou com o respeito (comigo). Faço parte do conselho e devo admitir que foi uma situação difícil. Ele está no 2º ano, seu erro foi desobedecer as ordens da diretora para entrar na aula. A mãe foi chamada e na frente da mãe ele agrediu a diretora verbalmente e fisicamente. Uma viatura foi chamada, mas a diretora não quis fazer BO. A mãe deu razão ao filho. Mesmo na reunião de conselho a mãe continuou defendendo o filho, mesmo ela vendo a atitude dele. Fico pensando o que será dessa mãe.
O terceiro aluno... Morri de dó da sua mãe! Ele ameçou os professores de morte várias vezes, esmurrava as paredes e é usuário de drogas. A mãe é aquela pessoa que trabalha muito para dar tudo ao filho, seu mundo desmoronou no dia confusão. Chegou na escola, o filho esmurrava tudo o que via e estava drogado. Eu senti a dor dessa mãe quando viu o filho daquela forma.
O quarto aluno estava junto com o primeiro, foi pego jogando bexigas com urina. Também já está reprovado. O pai estava puto da vida com a ex-mulher porque ela nunca falou nada das notas, das faltas e docomportamento do filho. Eu fiquei chocada, como ele fica revoltado com a ex-mulher se é obrigação dele também acompanhar a vida do próprio filho??? É muito fácil culpar os outros.
A última é minha aluna. No carderno de ocorrências da escola ela tinha 4 folhas (o normal são pequenas anotações). Menina agressiva, cínica e respondona, usuária de drogas. Seu erro, passar material alheio dentro da escola. Seu pai não sabe mais o que fazer (se ele não sabe imagine a gente).
...
Depois de tudo isso eu fico pensando se vale a pena ter filhos. Não sei a resposta, mas ver esses casos, ver esses pais não dá vontade. E pensar que esses alunos já foram bebês fofinhos e viraram isso. Vale a pena colocar filhos nesse mundo em que vivemos? Vale a pena os expôr a esse tipo de gente? E não adianta falar que é escola pública, todos nós sabemos que nas particulares existem casos piores. Pela minha experiência como professora (que não é muita) posso afirmar que quanto maior o poder aquisitivo dos alunos, piores eles são.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O Natal está chegando...

Que tal ir até uma das agências dos Correio e adotar uma cartinha?
Os Correios mantêm esse projeto há alguns anos, eles colocam as cartinhas para "adoção", nós vamos lá, escolhemos a cartinha, compramos o presente e os Correios se encarregam da entrega.
Por que não ser o Papai Noel de uma criança carente?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Reset

Parando todas as leituras e começando novas... Por necessidade!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dia dos Professores

Já que ninguém mais se lembra, cabe a mim desejar um Feliz dia dos Professores.

domingo, 14 de outubro de 2007

E como tudo começou

Porque sem Calvin não seria dia das crianças!!!
(Adquirido dia 12/10)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Moscarda

Peça da minha querida amiga e excelente atriz Valéria Lauand, espero todos para prestigiá-la:


"MOSCARDA"
com Clóvis Tôrres
Adaptação e Direção de Valéria Lauand
Adaptação do livro "Um, Nenhum e Cem Mil" de Luigi Pirandello

EM CARTAZ NO TEATRO DO ATOR
PÇA ROOSEVELT, 172 - ÀS 6AS FEIRAS - ÀS 19H
Duração: 65min
Ingressos: R$ 20,00

E NESTE SÁBADO DIA 13/10/07 - às 20h
no Auditório Grande do MASP
Entrada Franca

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vale a pena?

Pela primeira vez não acredito na educação. Parece que a crtina caiu e eu comecei ver a realidade.
Não é novidade minha paixão por literatura. Pois eu preparo todas as minhas aulas, digito textos, separo questões de vestibular. Para quê? Nada, pois quando explico não há uma pessoa interessada no que falo. Como disse o Ricardo uma vez, literatura é perfumaria.
Tudo isso qaconteceu numa aula sobre Machado de Assis. Era minha primeira aula sobre ele e eu estava empolgadíssima para falar. Deixei tudo preparado, para não esquecer nada, separei as principais obras, as questões de vestibular. Lé entrei eu louca para fazer do meu autos preferido. Quantas pessoas estavam prestando atenção em mim? Nenhuma. Ainda não consigo descrever minha frustração. Todo o idealismo foi pelo ralo.
Cai na real, vi qual é a minha função. Babá. Minha única função é manter o aluno em sala e aprová-lo no final do ano. Quatro anos de faculdade, um concurso público, dois anos de meio de mestrado. Sou uma babá especializada!
O pior é ver que não há esperança. Nós, profissionais da educação, não temos uma luz no fim do túnel, sabemos que nada vai mudar. Se a sociedade não piorar (o que duvido muito) já está ótimo. Creio que uma bomba atômica seja a única solução.
Nessas horas fico pensando seriamente em largar tudo, mas o que farei? Não consigo me ver novamente num escritório fazendo trabalhos administrativos. Do jeito que anda, com o salário que eu ganho, devo repensar meus valores. Ser dona de casa virará algo mais lucrativo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Corredor literário

Aí está um evento que eu gostaria muito de ir. Aliás recomendo para quem tiver um tempinho. Eu não sei se conseguirei ver algo, mas já checarei a programação e quem sabe não dou sorte e consigo ir?!
Mais informações aqui .

Chatisse

Isso é uma reclamação, um desabafo, portanto não leia:
Quando se mais precisa de saúde ela acaba sumindo.
Agora que preciso escrever essa maldita dissertação, ler os teóricos da Estética da Recepção e achar os indícios de interlocução no romance Memorial de Aires, eu acabo ficando doente.
Nem quero comentar o fechamento de notas.
Se fosse só isso eu ficaria feliz, mas tem a reforma da casa, resolver sobre pia de banheiro, pia de lavabo e pia de cozinha. Tirando que eu estou correndo atrás das coisas sozinha desde que o Fabiano trabalha em horário comercial...
Essa correria acaba atrapalhando tudo na minha vida. Não tenho disposição para ir ao cinema, teatro ou qualquer outra coisa. Esqueci do lançamento de um amigo querido, achando que era no próximo final de semana. Não consigo trabalhar em textos que rascunhei.
Acho que a melhor coisa é aproveitar o momento da inalação para descansar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Passei dias sem internet. Achei um cúmulo não saber o que fazer sem ela... Como eu posso escrever minha dissertação sem o Google?? Como posso achar os livros que preciso??
Não consigo entender, até uns 11 anos atrás eu vivia sem internet, agora sou dependente. Ficar sem internet é ficar ilhado!