Quem disse que o ano não podia piorar? Pois é, Reveillon na praia. Horas de estrada, calor insupotável e aquela massa de gente comemorando a própria desgraça.
Sou tão sortuda...

Apenas Hilda

Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

HILST, Hilda. Do Desejo. São Paulo: Editora Globo, 2004

Ainda Natal

E eu aqui escrevendo como não gosto do Natal, eis quer recebo um presente que vale por muitos. Uma caixinha de madeira pintada a mão pela Bruna.

A Bruna é uma das primas do meu marido, eu a conheci no seu aniversário de 2 anos, hoje ela tem 10. Sua irmã, a Gaby, tinha cinco anos e não escreverei a idade dela hoje porque ficarei deprimida. As duas perderam a mãe muito cedo e acabaram muito ligadas a minha sogra, então perdi a conta dos finais de semana que passei brincando com elas. De repente eu já amava aquelas duas meninas que nem eram da minha família.

Mas afinal, o que tem essa caixinha de madeira? Simples, ela foi a primeira caixinha de madeira pintada pela Bruna, os insencíveis não entenderão a importância disso, mas eu entendo. Ganhar essa caixinha de madeira, a primeira pintada a mão foi a prova de que meu amor é correspondido. E há algo melhor do que o amor de uma criança?

Se há uma coisa que detesto é o Natal. O pior é que esse maldito espírito natalino começa no início de dezembro. Meu humor começa a piorar quando vejo a decoração de Natal por aí (isso pode ocorrer até no final de outubro...). Depois começam as famosas confraternizações de final de ano. Essas são as piores! Compartilhar momentos com pessoas que falaram mal de você o ano todo, rir e dançar com essas mesmas pessoas, afinal o espírito natalino é para isso mesmo, esquecer as diferenças e maledicências para comemorar um ano cheio de sucessos. Ano que vem todos voltam ao normal, falam mal pelas costas e você comprimenta e ri, seria falta de profissionalismo não fazer isso.

Também detesto o Natal em si, veja aquilo que me faz odiar o Natal:

• Encontrar aquele primo do marido que fala mais que boca e, para piorar, parece que tem problemas de audição, pois grita ao falar.
• Preciso falar da tradição de abraços? Para uma pessoa que detesta contato físico os abraços são um terror.
• Aquele monte de comidas que detesto, enquanto pessoas engordam horrores no Natal eu emagreço (tá, isso não é de todo ruim).
• Não tem nenhuma criança que espera o Papai Noel. A única lógica do Natal é a criança esperar o Papai Noel, se não há crianças não tem lógica comemorar o Natal. (E não esperem que eu providencie uma!).
• Ter que fazer via sacra na casa de familiares. Gasta combutível e minha energia.
• Cozinhar sobremesas para levar na casa dos outros. Já não cozinho para mim e ainda tenho que cozinhar para os outros, aff.
• Dar um monte de presentes e só ganhar um.
• Aguentar as piadinhas dos tios depois que já estão alcolizados.

A lista não para por ai, mas não estou a fim de piorar meu humor.

Sobre Cabras

Outro dia lá estava eu indo à algum lugar que não lembro e vejo algo pulando o muro e se jogando na frente do meu carro. Era uma cabra. Sim, uma cabra, e ante que me perguntem eu deixo claro que moro na cidade de São Paulo. Bequei o carro com tudo para não atingir o pobre animal. Quando olho para o muro do qual ela veio vejo mais duas cabras admirando o feito da amiga.
Algo meio Além da imaginação, não?! Fiquei imaginando se tivesse atingido o corajoso animal. Eu começaria a chorar e ligaria para meu marido:

Ele: Oi
Eu: Amor, atropelei uma cabra!!
Ele: Atropelou o quê????
Eu: Uma cabra! Ela surgiu do nada na frente do carro.

Uma situação um tanto estranha para quem mora em São Paulo...

Agora é olhar para frente. É fazer um cronograma e segui-lo a risca. É retomar o francês e continuar a escrever em português. Estou quase lá, sou quase mestre.

...

O mestrado pode ter gerado alguns traumas, mas trouxa coisas boas! Nunca pensei que faria amigos lá e os fiz. Nunca pensei que lá minha vida balançaria, meu coração balançaria e nunca mais eu seria a mesma. Todo meu pensamento racional iria para cucuias e meu coração falaria mais alto, mesmo que por um tempo. Nunca pensei que redescobriria a mim mesma nos olhos do outro.

O que fazer?

O que fazer quando se sonha com o passado? Quando sente necessidade de pedir desculpas a todoas as pessoas que magoou? E quando você sabe quas as pessoas não a perdoarão? É assim que acordei hoje, é assim que me sinto.

Acordei sentindo o peso do remorso de coisas que fiz para pessoas que amava, remorso por insistir no erro, mesmo quando a pessoa já havia perdoado da primeira vez.

Não reclamo da vida de hoje, apenas sinto remorso de erros que cometi no passado e que hoje não teria cometido. Sinto-me mal, como deveria ter me sentido anos atrás.

Vida própria é algo que não ando tendo. Semana passada foi de trabalho intenso, com direito a muitas horas extras. Tenho me dedicado tanto a coisas que não quero... Não gosto de fazer as coisas que não tenho vontade, normalmente sai mal feito e eu acabo me sentindo mal com isso.
Eu só quero que o ano termine!!

Agora o desempenho do professor da rede estadual de ensino esrá avaliado de acordo com o desempenho de seus alunos. Se a taxa de reprovação for baixa e os alunos atingirem uma boa nota o SARESP o professor será "presenteado" com um adicional em dinheiro. Preciso dizer o quanto essa palhaçada irá prejudicar o ensino?

Parece-me que a eduação é movida por hipocrisia...

Espetéculo Musas para inspiração

Em janeiro decidi que precisava fazer algo para desestressar, para esquecer do trabalho, dos alunos mal criados e do mestrado. além disso eu precisava de uma atividade que ajudasse a me "destravar", que melhorasse a minha timidez. Escolhi fazer aulas de dança do ventre e acabei me apaixonando. Já fiz minha primeira apresentação, foi pequena, numa festa na escola. Nesse momento eu esqueci de tudo, foi apenas dançar e sorrir. Pena que apenas meu marido me viu...

Agora o passo é maior, afinal esse é um grande espetéculo, meu primeiro grande espetáculo e com dois desafios: estar lá para um público imenso (e mais pessoas conecidas) e dançar com a espada.

Enfim, estão todos convidados para o espetáculo!!

...

Informações:

Espetáculo Musas para Inspiração

Dia 15/12/2007

Local: Teatro APCD - Rua Voluntário da Pátria,547

Horário: 21h00

Ingressos: R$ 20,00

Compras e informações pelo telefone6978-5701 ou no site da Aluaha

Aproveitando a mudança de casa para uma mudança maior. Para limpar tudo o que não serve, me desprender das coisas desnecessárias e ter uma vida mais simples.

Estou em fase de mudança para a casa nova... muita coisa para levar e arrumar.

Presente...

Post para agradecer ao lindo texto do meu querido amigo Emanuel Campos. É muito bom receber esse tipo de presente dos amigos, principalmente quando está a beira de um surto (no caso foi um pós-surto). Dá vontade de voltar a viver!

Observo pessoas todos os dias. Ontem foi o dia de observar duas mães e três pais. Seus filhos não tiveram atitudes adequadas na escola e o conselho foi convocado para votar a transferenência compulsiva (lindo nome para expulsão). 4 estão no 1º ano do Ensino Médio, 1 no 2º ano. Todos foram "tranferidos"

O primeiro aluno que foi a "julgamento" é maior e já reprovou, de novo, o 1º ano. Ele destruiu patrimônio público (mas isso é normal...) e foi pego em flagrante jogando bexigas com urina nos alunos da escola. O pai... bem, parecia que o aluno mandava no próprio pai. Ele não falou nada, apenas o aluno reclamou, ele não falou com o filho, com os professores. Ele não tinha mais a obrigação...

O segundo aluno era meu. Ele nunca me deu trabalho, nunca faltou com o respeito (comigo). Faço parte do conselho e devo admitir que foi uma situação difícil. Ele está no 2º ano, seu erro foi desobedecer as ordens da diretora para entrar na aula. A mãe foi chamada e na frente da mãe ele agrediu a diretora verbalmente e fisicamente. Uma viatura foi chamada, mas a diretora não quis fazer BO. A mãe deu razão ao filho. Mesmo na reunião de conselho a mãe continuou defendendo o filho, mesmo ela vendo a atitude dele. Fico pensando o que será dessa mãe.

O terceiro aluno... Morri de dó da sua mãe! Ele ameçou os professores de morte várias vezes, esmurrava as paredes e é usuário de drogas. A mãe é aquela pessoa que trabalha muito para dar tudo ao filho, seu mundo desmoronou no dia confusão. Chegou na escola, o filho esmurrava tudo o que via e estava drogado. Eu senti a dor dessa mãe quando viu o filho daquela forma.

O quarto aluno estava junto com o primeiro, foi pego jogando bexigas com urina. Também já está reprovado. O pai estava puto da vida com a ex-mulher porque ela nunca falou nada das notas, das faltas e docomportamento do filho. Eu fiquei chocada, como ele fica revoltado com a ex-mulher se é obrigação dele também acompanhar a vida do próprio filho??? É muito fácil culpar os outros.

A última é minha aluna. No carderno de ocorrências da escola ela tinha 4 folhas (o normal são pequenas anotações). Menina agressiva, cínica e respondona, usuária de drogas. Seu erro, passar material alheio dentro da escola. Seu pai não sabe mais o que fazer (se ele não sabe imagine a gente).

...

Depois de tudo isso eu fico pensando se vale a pena ter filhos. Não sei a resposta, mas ver esses casos, ver esses pais não dá vontade. E pensar que esses alunos já foram bebês fofinhos e viraram isso. Vale a pena colocar filhos nesse mundo em que vivemos? Vale a pena os expôr a esse tipo de gente? E não adianta falar que é escola pública, todos nós sabemos que nas particulares existem casos piores. Pela minha experiência como professora (que não é muita) posso afirmar que quanto maior o poder aquisitivo dos alunos, piores eles são.

O Natal está chegando...

Que tal ir até uma das agências dos Correio e adotar uma cartinha?

Os Correios mantêm esse projeto há alguns anos, eles colocam as cartinhas para "adoção", nós vamos lá, escolhemos a cartinha, compramos o presente e os Correios se encarregam da entrega.

Por que não ser o Papai Noel de uma criança carente?

Reset

Parando todas as leituras e começando novas... Por necessidade!

Dia dos Professores

Já que ninguém mais se lembra, cabe a mim desejar um Feliz dia dos Professores.

E como tudo começou

Porque sem Calvin não seria dia das crianças!!!
(Adquirido dia 12/10)

Moscarda

Peça da minha querida amiga e excelente atriz Valéria Lauand, espero todos para prestigiá-la:

"MOSCARDA"
com Clóvis Tôrres
Adaptação e Direção de Valéria Lauand
Adaptação do livro "Um, Nenhum e Cem Mil" de Luigi Pirandello

EM CARTAZ NO TEATRO DO ATOR
PÇA ROOSEVELT, 172 - ÀS 6AS FEIRAS - ÀS 19H
Duração: 65min
Ingressos: R$ 20,00

E NESTE SÁBADO DIA 13/10/07 - às 20h
no Auditório Grande do MASP
Entrada Franca

Vale a pena?

Pela primeira vez não acredito na educação. Parece que a crtina caiu e eu comecei ver a realidade.
Não é novidade minha paixão por literatura. Pois eu preparo todas as minhas aulas, digito textos, separo questões de vestibular. Para quê? Nada, pois quando explico não há uma pessoa interessada no que falo. Como disse o Ricardo uma vez, literatura é perfumaria.

Tudo isso qaconteceu numa aula sobre Machado de Assis. Era minha primeira aula sobre ele e eu estava empolgadíssima para falar. Deixei tudo preparado, para não esquecer nada, separei as principais obras, as questões de vestibular. Lé entrei eu louca para fazer do meu autos preferido. Quantas pessoas estavam prestando atenção em mim? Nenhuma. Ainda não consigo descrever minha frustração. Todo o idealismo foi pelo ralo.

Cai na real, vi qual é a minha função. Babá. Minha única função é manter o aluno em sala e aprová-lo no final do ano. Quatro anos de faculdade, um concurso público, dois anos de meio de mestrado. Sou uma babá especializada!

O pior é ver que não há esperança. Nós, profissionais da educação, não temos uma luz no fim do túnel, sabemos que nada vai mudar. Se a sociedade não piorar (o que duvido muito) já está ótimo. Creio que uma bomba atômica seja a única solução.

Nessas horas fico pensando seriamente em largar tudo, mas o que farei? Não consigo me ver novamente num escritório fazendo trabalhos administrativos. Do jeito que anda, com o salário que eu ganho, devo repensar meus valores. Ser dona de casa virará algo mais lucrativo.

Corredor literário

Aí está um evento que eu gostaria muito de ir. Aliás recomendo para quem tiver um tempinho. Eu não sei se conseguirei ver algo, mas já checarei a programação e quem sabe não dou sorte e consigo ir?!
Mais informações aqui .

Chatisse

Isso é uma reclamação, um desabafo, portanto não leia:

Quando se mais precisa de saúde ela acaba sumindo.

Agora que preciso escrever essa maldita dissertação, ler os teóricos da Estética da Recepção e achar os indícios de interlocução no romance Memorial de Aires, eu acabo ficando doente.

Nem quero comentar o fechamento de notas.

Se fosse só isso eu ficaria feliz, mas tem a reforma da casa, resolver sobre pia de banheiro, pia de lavabo e pia de cozinha. Tirando que eu estou correndo atrás das coisas sozinha desde que o Fabiano trabalha em horário comercial...

Essa correria acaba atrapalhando tudo na minha vida. Não tenho disposição para ir ao cinema, teatro ou qualquer outra coisa. Esqueci do lançamento de um amigo querido, achando que era no próximo final de semana. Não consigo trabalhar em textos que rascunhei.

Acho que a melhor coisa é aproveitar o momento da inalação para descansar.

Passei dias sem internet. Achei um cúmulo não saber o que fazer sem ela... Como eu posso escrever minha dissertação sem o Google?? Como posso achar os livros que preciso??

Não consigo entender, até uns 11 anos atrás eu vivia sem internet, agora sou dependente. Ficar sem internet é ficar ilhado!

Lembro de quando o vi pela primeira vez, ele estava sentado no meu lugar no cursinho. Pude acreditar quando vi aquele muleque no meu lugar. No dia seguinte resolvi fazer amizade, afinal ele chegava antes de mim e poderia guardar um lugar, eu detestava sentar no fundo. Começou assim, primeiro ele guardava lugar, depois começou a me ensinar química (eu sou péssima!). Meses se passaram e só percebi que gostava dele um dia que precisei faltar. Nessa altura ele também já tinha percebido algo, foi então que ficamos. Eu morria de medo de não gostar dele de verdade, de ser só uma fase. Gostava tanto dele que não podia magoá-lo. Eu não pensava que ele faria parte da minha vida até hoje...

Ele esteve do meu lado durante a faculdade, quando fiquei internada, quando tirei notas boa e notas baixas. Ele passou muitos sábados comigos em biblioteca e aturou muitas conversas de literatura.
Eu o esperei por diversos finais de semana, fiquei por dois anos sem vê-lo todos os dias, fui visitá-lo quando estava de serviço.

Nos formamos e casamos. Nesses 9 anos tivemos nossos altos e baixos e crises, mas sempre estivemos um ao lado do outro, em todos os momentos.

Hoje comemoro 3 anos de casada. Não foram 3 anos de felicidade, mas valeu cada segundo.

Eu ficaria muito feliz de ler alguma coisa que não seja de estética da recepção, em especial Wolfgang Iser. Nada particular, mas não me agrada fazer uma dissertação imposta. Eu preferia ter ficado no ensaísmo montaigniano, mas quem sou eu para querer algo?

O fato é que tenho uma lista enorme de livros que quero ler e não tenho tempo, assim como eu gostaria de me dedicar mais na casa e gastar parte do meu tempo pensando em decoração e cores, não com Iser.

Hoje não estou bem. Não sei se é cansaço, o tempo seco ou outra coisa. Cheguei hoje e pensando em descansar por uma hora antes de fazer minhas inúmeras obrigações. Sentei na frente da TV e fiquei zapeando os canais da TV a cabo. Filmes começados, séries que não me interessavam, então tive a estúpida idéia de ver o que estava passando na TV aberta. Eis que me deparo com o tratamento de beleza de Adriana Bombom. Fiquei me perguntando para que eu queria saber como Adriana Bombom ficava bonita, aliás quem é Adriana Bombom?? É incrível o número de programas imbecis que passam na TV, mais incrível ainda é a quantidade de pessoas que os assistem, aliás pessoas que não podem pagar pelos tratamentos e lugares que essas "celebridades" frequentam.

Acabei desligando a TV e indo dormir, aproveitei melhor meu tempo.

Pensando no futuro.

Não sei se é o consaço, mas já faço planos para 2008: vagabundar. Na verdade menos do que eu queria, pois tenho que trabalhar, mas não pretendo inventar nada que me faça cansar muito. Quero chegar do trabalho e mergulhar em leituras, ler o resto do dia... Apenas ler.

Chatice...

Sou uma pessoa chata, cheia de reclamações. Não gosto de uns pq são imbecis e não gosto de outros pq são metidos a inteligentes. Não gosto de ninguém e me contento com meus amigos de muitos anos.

Gosto tanto de reclamar que desafio alguém a me achar bem. Todos os dias reclamarei de cansaço, todos os dias sentirei alguma dor diferente, assim como reclamarei de algo. É comum eu reclamar que estou sozinha ou não consigo paz. Que não quero cuidar da casa ou que a casa está uma zona. Quero estar com alguém ou que não quero vê-la na frente. Sou um ser cheio de contradições.

O fato é que ando pior. Não vejo a hora da minha casa ficar pronta e me fechar no meu casulo. Assim ficarei eu, minha instropecção e meu marido quietos, vendo nossos filmes, fazendos nossas coisas, aproveitanto o silêncio. Apenas nós, sem gente.

Renan Calheiros é absolvido no Plenário do Senado

Dá vontade de viver em um país como esses?

Depois de ler a notícia eu tive certeza, tenho cara de palhaça! Não só eu, mas todo o povo brasileiro que colocou essa corja no poder.

Felizmente minha consciência não pesa, votei nulo na última eleição e pretendo fazê-lo novamente se não aparecer ninguém decente (mas parece que o pré-requisito para se candidatar é ser mau-caráter).

Sinto saudade de mim, de tudo aquilo que fui e tudo o que pretendia ser. Olho-me e só encontro a sombra do que fui, um espectro de mim. Onde me encontrarei? Conseguirei me resgatar? Apenas questões e a promessa de não haver respostas.

Para que serve um feriado? Para alguns descansar, mas para mim para cuidar da reforma da casa. O pior é correr atrás das coisas sozinha, tendo uma dissertação para escrever, inúmeros trabalhos para corrigir e aulas para preparar. Sem esquecer que semana que vem é semana de provas, então terei provas para corrigir.

Doi no coração ver alguns projetos parados, mesmo que temporariamente, mas doi. Eu só gostaria de voltar para a Terra do Nunca por alguns instantes...

Colhendo frutos...

Não é segredo, eu ainda sou uma romântica que acredita que mudará o mundo. Acredito no que faço e acho que posso ajudar dessa maneira. Antes de começar as aulas fiz um projeto com o filme V de Vingança. Nesse projeto eu tinha como meta trabalhar os gêneros da narrativa, produção de uma resenha e o gênero carta, mas o objetivo principal era mostrar que eles deveriam deixar de ser passivos e brigar pelos seus direitos.

Um dia eu chego e os alunos estão para fora da sala. Eles se negam a entrar pois quando eles chegaram a sala estava revirada, com as carteiras no chão e o lixo virado. Obra de alunos do período noturno. Segundo eles eu disse que eles não podiam aceitar tudo, portanto eles tinham direito de assistir aula numa sala em ordem e limpa. Eles têm razão. Lá fui eu falar com a diretora e arrumar um modo de contornar. A princípio fomos para outra sala e resolvemos o problema imediato, agora eles estão pensando em um modo de acabar com a farra do noturno.

E eu os observo, dou idéias e vejo que ainda há motivo para acreditar.

Para piorar minha semana, que começou com aquele calor chato, parece que estou adquirindo uma gripe acompanhada de uma faringite.
Espero que minha sorte mude.

Tristão e Isolda

E lá fui eu na última quarta com meus anjinhos no Centro Cultural FIESP para assistir a peça Tristão e Isolda. A coisa que mais me chamou atenção foi a educação dos meus amores. Eles realmente souberam se portar no teatro, não agiram feito alunos.

A peça é uma adaptação do diretor Vladimir Capella para o público adolescente. Ele reconta uma das versões da lenda de Tristão e Isolda. A peça entretém pelos efeitos, pelo ótimo som, mas principalmente pelos atores com sua ótima interpretação e com físicos perfeitos. Aliás reparei isso no rosto de cada menina e menino (sim, mas atrizes tb são perfeitas) quando os viam.

A história já é conhecida, mas não é perda de tempo ir ai teatro vê-la, ainda mais para os eternos romanticos como eu.

Mais informações

Teatro Popular do SESI
De 17/03/07 a 18/11/07
Sábado e domingo às 16 horas. Quarta, quinta e sexta-feira às 11 horas - sessões para escolas
Entrada franca. Os ingressos podem ser retirados a partir da abertura da bilheteria, no dia do espetáculo. São distribuídos dois ingressos por pessoa.

Reserva para escolas
3146-7439 de segunda a sexta-feira, das 14 às 17 horas

Sabe aquela vontade de não fazer nada, ficar vegetando na frente da TV, sem pensar. É como estou hoje. Não quero voltar para escola (tenho que trabalhar de novo daqui a pouco), não quero ler nada de útil, apenas o nada... Acho que preciso de férias.

Mudanças

Parece que esse ano eu fui o foco de minha atenção. Alguns podem chamar isso de egocentrismo, mas eu chamo de auto-conhecimento. Uma das minhas grandes angústias ano passado, reforçada pelas aulas de Fernando Segolin, foi a minha própria indefinição. Não saber quem eu sou é uma sensação aterrorizante.

Sempre vivi do que queria ser e parece que isso não deu muito certo, aproveitar o presente nunca foi uma das minhas qualidades. Eu sei exatamente quem quero ser, mas não quem sou (por isso Palomar mexeu tanto comigo...).

O fato é que esse ano me deparei gostando de algo que não sabia: teorias da educação. Na faculdade eu amava as matérias de Letras, mas odiava as matérias de Licenciatura. Sempre me apoiava nas amigas que já eram professoras para aprender o suficiente para passar nas provas. No entanto esse ano eu me peguei apaixonada por Vygostysk e Paulo Freire. Comecei a me auto-avaliar e mudar minhas estratégias e é incrível como consegui resultados maravilhosos. O fato é que estou tão apaixonada por essa área que já estou pensando em fazer algo voltado a ela. Assim que concluir o mestrado quero me voltar à Educação, ainda não me decidi como, mas quero me aprofundar nessa área.

Doutorado? Hum... Quero dar um tempo, ver como é a área de Educação e, dependendo de como for, escolho por uma das áreas, ou quem sabe não consigo unir a Literatura com Educação?

Não. Não era hora de levantar. Era apenas uma hora vazia, horas que exalavam vento. Sentia o formigar de seu corpo e aproveitava sua hora cheia de ócio.

Estava leve, sentia-se pluma repousando na pedra. Cheiro de rosas, murmúrios silenciosos. Estava livre para a inação eterna.

Essa é a vista que tenho da minha nova casa.

...

Há algum tempo atrás eu reclamava de frio, no entanto essa semana senti alegria ao sentir aquela brisa gelada no meu rosto. Seria uma mudança de comportamento? Estaria ligada ao meu atual fascício pelas teorias da educação? Não sei...

...

Sinto que a Terapia já não faz tanto efeito e já está comçando a pesar no bolso, principalmente quando se reforma uma casa. O fato é que melhorei em muitas coisa e parece ter estagnado, já começo a me perguntar se vale a pena gastar tanto dinheiro para algo que não está ajudando mais. Quem sabe uma bela blusa de tricô já não trabalhe com minha ansiedade, pelo menos sairia mais barato.

...

Falando em reforma de casa não vejo a hora de estreá-la. Um cantinho para eu curtir meu surto anti-social, receber meus seletos amigos com as mesmas manias que eu e, por que não, jogarmos video-game para negar essa coisa chata que é ser adulto. Sem data prevista para inauguração, sem data prevista para passar o dia na cama, sem data prevista para não fazer nada ou fazer o que quero, mas com a certeza de que um dia minha paz volta.

...

Vejam as leituras aqui ao lado, estão paradas!

Desejo de Hoje:
Café, livro e boa conversa.

Pensamento fútil:
Devo usar minha mochila que cabe tudo ou continuar carregando minhas coisas em bolsas e pastinhas?

Pensamento útil:
Preciso estudar mais Vigotsky.

Abstrato:
Devo voltar ao ballet?

Concreto:
Estudar parao concurso, escrever dissertação e dormir até tarde!

O que me deixa feliz é saber que em breve poderei observa essa vista todos os dias. Saber que novamente terei meu espaço e que poderei fazer o que quero sem precisar dar satisfação a ninguém. Finalmente poderei receber meus amigos, fazer farra e beber um bom vinho acompanhado de queijos e uma boa conversa.

Mesmo não tendo uma data para mudança eu me sinto feliz, amparada e novamente dona do meu nariz.

Sei que não será fácil, sei que deixarei de fazer muita coisa para ter meu cantinho em ordem, bonito e reformado. Mas vale pena!!

Férias... Período de escrever dissertação, estudar para o concurso e reformar a casa.
Férias??

Por que as férias nao chegam??????

vã tentativa de organizar a mente. voou por completo. apenas aquele calor que encosta em meu corpo, tenho uma vaga lembrança...
agora, comprimido com água para sentir alegria.

Frio. Momento de aproveitar.
Correria. Estudo. Trabalho. Vida?
Não acredito.
Apenas respirar e repetir...

Eu dissimulado

Não sabia o que fazia quando estava com ele. Era na ausência que o desejava. Bastava vê-lo indo, acenando o amor inconcretizável. As palavras saiam mudas e carregava aquele algo inominável em seu peito, aquele misto de ardor, felicidade e tristeza. Passava a vida desejando-o como nunca desejara. Via tudo sumir de seu pensar, era apenas. Imaginava como ele a tomaria em seus braços. De uma forma singelamente brutal mordendo seus lábios desesperadamente. Desesperante.
Em sua presença era irreal, errônea, errada. Via-se tomada de máscaras que ocultavam seu eu. Era outra, outras, ela. Incrivelmente despojada, falsamente descomedida. Máscara de proteção. Mas sabia como seus olhos o sorviam, ansiavam, fruíam. Mas ria. Ria uma timidez insana, ocultando a si mesma.
Sabia-se desejada. Sabia-se admirada. Inúmeras vezes sentira o tremor dos seus olhares, a eletrostática do ocasional encontro de suas peles. Momentos eternos de júbilo. Bastava ele saber para provar seu sabor. Ela não conseguiria, não seguiria. Segue sua vida ocultando, dissimulando seu próprio eu. Encobrindo seus instintos, seguindo sua incapacidade. Subtraindo-se daquele que a deseja, desejando o ausente.

Sem muitas novidades... Trabalhando e estudando.

Apenas uma fase bucólica, querendo fugir de tudo e de todos, apenas aproveitar o simples... Fiz isso no último fim de semana, aproveitei o frio em Monte Verde, mas saí de lá com a sensação de que não foi o suficiente, preciso de mais tempo para o nada.

Mais do mesmo

Todo final de bimestre é assim, inúmeras provas (e trabalhos) para corrigir. E com cada coisa... Gostaria de saber o que esses alunos têm na cabeça na hora de fazer seus trabalhos e provas. Desde quando Amor de Perdição tem um final feliz? Desde quando a vassalagem foi o início da Literatura? E eu fico pensando se vale realmente a pena ensiná-los a pensar... Sim, vale a pena, pq sei que pelo menos um irá aprender alguma coisa e meu trabalho não terá sido em vão.

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Se tenho novidades do mestrado? Não, aliás pretendo não aparecer lá essa semana, vou corrigir minhas provas que ganho mais... Mestrado, só semana que vem!

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Alguém viu que querem estabelecer um piso salarial para o professor? Achei tão lindo!! Ainda mais quando vi o valor do piso R$ 800,00. Estão brincando com minha cara? Um escrevente do TJ, que tem apenas ensino médio, ganha R$2500, enquanto eu, que fiz 4 anos de faculdade, passei em concurso público e faço mestrado, terei um piso de R$ 800,00??

Só explodindo esse país!

O que fazer?

Depois de 1 ano e meio de trabalho minha orientadora decide mudar meu trabalho. Resultado: Começar do zero.
E quem sou eu para argumentar ou falar não?!
So me resta chorar!

...
(acho que vou largar tudo e viver de fazer artesanato...)

Diagnóstico da terapeuta:
Transtorno de ansiedade moderado
Depressão

Estado da paciente:
Questionando a pópria vida
Fazendo terapia
Fazendo dança do ventre
Escrevendo uma dissertação
Sem câmera digital (está arrumando)
Uma tatuagem nova (totalizando 3)
Cuidando das suas chinchilas
Quer emagrecer 15 KG
Louca por sossego
Querendo fugir de todos que estão a sua volta...

Conclusão:
Terapia por MUITOS anos...

De saco cheio dessa vidinha...

Itau Cultural - Rumos 2007

Para não ficar em branco...

Não entendo como o tempo passa tão rápido e eu não consigo fazer nada direito. Não coloquei meus diários em dia, não terminei o livro (ainda empacado). Preciso ler a bibliografia da minha dissertação.

Quero ver dois amigos que estou morrendo de saudades e ainda preciso arrumar tempo para preparar as aulas da semana. (E ter uma boa resposta para quando os alunos pergutaram para que serve literatura)

Minha vontade era de mofar por meses.

Pelo menos minhas contas voltaram a ficar em dia, não está sobrando, mas não estamos no vermelho. Mas ainda não podemos abusar...

Alguma novidade? Sim, aparentemente minha chinchila está grávida.

Faltando 50 páginas para eu acabar o livro a leitura trava, inúmeras coisas para fazer e um calor infernal...
Novidades? Trabalho, trabalho, trabalho.

Final de semana com febre sem explicação. Fazendo planejamento anual. Preparando aulas. Lendo.
E esse calor infernal que não passa.

Sim, a pausa foi (ou é) longa, mas é necessária nesse período de redescoberta que estou passando.
Não há planos, não há metas, somente eu.

Uma pausa.

Período morto

Apesar de ter duas monografias para entregar não consigo fazer nada... Tenho vontade de mofar na frente da TV, no entanto não consigo. Não consigo me concentrar no estudo, nem relaxar na frente de TV.

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Olha só onde fui parar semana passada:

Ontem fui assistir 007- Cassino Royale. Como sou menina não preciso nem comentar o que achei do filme, mas devo dizer que a música de abertura valeu cada minuto dentro do cinema.
Confiram o clip:

PAN 2007

Previsão inicial de gastos: R$ 135 milhões
Gasto até agora: R$ 1284 bilhão

Precisa comentar?

Estu no Projeto 101 coisas em 1001 dias. Visitem-me aqui .

Nova busca

Todo ano há aquela esperança de que as coisas vão mudar, mas parece que a vontade é inversamente proporcional a realidade. Todos os anos faço inúmeros planos, com uma lista de realizações para o próximo ano, no entanto nada acontece.
2006 não foi um ano diferente, mas todas as vezes que fiquei aterrorizada por falar em público me fizeram tomar algumas atitudes, não para 2007, mas para o resto da vida. Foi assim que decidi fazer terapia e dança do ventre. Cansei de buscar a resposta no mundo, cansei de procurar um outro que nunca me completará. A resposta de tudo está mim e essa será minha nova busca.
Preciso encontrar meu Eu, achar a Lívia, pois não sei onde estou, sinto até que não sei do que gosto.