quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Apenas Hilda

Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas escomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

HILST, Hilda. Do Desejo. São Paulo: Editora Globo, 2004

Nenhum comentário: